sexta-feira, 28 de novembro de 2008

DISCURSO E ENSINO

Diferença entre Linguagem e Discurso

Linguagem: São práticas de falar, ler, escrever, citar, analisar, reproduzir, repetir, resumir, criticar, narrar, imitar, parafrasear, parodiar, entre outras.
Discurso é a materialização do contato entre o lingüístico e o não-lingüístico.

A Língua

A língua é um sistema de signos, em que cada signo é constituído de um significante e de um significado.
A língua constitui uma teia de relações entre esses elementos lingüísticos formando um sistema.
A língua é um fato social que pertence a todos os membros de uma comunidade, sendo exterior ao indivíduo.
A língua é a expressão do pensamento, sendo essa um instrumento de comunicação.
A natureza da linguagem é racional, pois os homens pensam conforme as mesmas leis e que a linguagem expressa esse pensamento.
A língua é uma estrutura, podendo ser comparada a um jogo, compondo-se de peças e de regras, o qual essas peças são isoláveis, cada uma dotada de um sentido e articuladas segundo um código.
A línguagem é um sistema funcional e as três funções determinantes na sua estrutura são: a ideacional, a interpessoal e a textual.

A Fala

A fala é um ato lingüístico individual, material, concreto, psicofísico, dependente da vontade e da inteligência do indivíduo, portanto , subjetivo; um impulso expressivo, um ato inovador, acessório e mais ou menos acidental.

O Discurso

O discurso é um lugar de investimentos sociais, históricos, ideológicos, psíquicos, por meio de sujeitos interagindo em situações concretas.
A língua constitui uma estrutura, mas como funcionamento, a língua se transforma em discurso, que é o fenômeno temporal da troca, do estabelecimento, do diálogo, é a manifestação interindividual da enunciação, é o seu produto.
O discurso é um conjunto de enunciados na medida em que se apóiem na mesma formação discursiva; um conjunto limitado de enunciados para os quais podemos definir um conjunto de condições de existência; um espaço de regularidades associadas a condições de produção.
O discurso também é uma prática regulamentada, dando conta de um certo número de enunciados, entendendo-a como a existência objetiva e material de certas regras às quais o sujeito tem de obedecer quando participa do “discurso”.
Prática discursiva é um conjunto de regras anônimas, históricas, sempre determinadas no tempo e no espaço, que definiram, em uma dada época e para uma determinada área social, econômica, geográfica ou lingüística, as condições do exercício da função enunciativa.
A Análise Discursiva tem como grande meta os processos discursivos inscritos em relações ideológicas, ou seja, o ponto em que se articula em funcionamento discursivo e sua inscrição histórica.

A Linguagem

A linguagem é uma dualidade fundamental: língua/fala, código/mensagem, competência/perfomance, língua/discurso.
A língua constitui um proce3sso de evolução ininterrupto, ou seja, um processo de criação contínua que se realiza pela interação verbal social dos locutores.
A língua é uma atividade, um processo criativo,que se materializa pelas enunciações.
A reestruturação no ensino de língua portuguesa tem sido defendida por considerar a necessidade de nossas escolas de se adequar a uma nova realidade, ocasionada, pela expansão ampla no ensino fundamental nas últimas décadas.
As escolas devem se preparar melhor para receber os novos clientes, por meio da mudança de currículos, de materiais didáticos e da postura do professor.
O texto é marcado por um conjunto de relações, ou textualidade, que fazem dele não um amontoado de aleatório de enunciados, mas uma unidade que possui um todo significativo e acabado.
O bidialetalismo busca trabalhar as diferenças e igualdades entre a variedade do aluno e a padrão, possibilitando-lhe o domínio da “variedade” culta além da sua.
O método dialetal tem a missão de fazer com que os educandos adquiram a língua padrão com se fosse a uma segunda língua.
A postura dialetista pressupõe que a linguagem que o aluno traz de casa não é inferior nem errada, nem rudimentar, e não precisa ser substituída por outra que é transmitida pela escola, porque essa variedade de linguagem é apenas diferente, tendo sua própria e eficiente estrutura linguística.
A língua é uma entidade abstrata, formal, enquanto o discurso é um lugar de investimentos sociais, históricos, ideológicos, psíquicos, por meio de sujeitos interagindo em situações concretas de discurso por intermédio da língua e cada discurso constitui um universo semântico específico.

Texto e Discurso

O discurso é considerado o modo de existência sócio-histórico da linguagem: “um conjunto de enunciados que derivam de uma mesma formação discursiva”.
O texto é a manifestação verbal do discurso, o que equivale a dizer que os discursos são lidos e ouvidos sob a forma de textos.

Enunciado e Enunciação

Enunciado é a materialidade repetível, a unidade elementar do discurso, é um acontecimento único, mas aberto à repetição, à transformação, à reativação. É sempre um acontecimento que nem a língua nem o sentido podem esgotar inteiramente.
Enunciação é o singular, o irrepetível, o acontecimento (tem data e lugar determinado). Enuncia-se sempre para alguém de um determinado lugar ou de uma determinada posição sócio-histórica.

As Condições de Produção do Discurso

Existem certos elementos que são indispensáveis para a produção de discursos: um locutor, um alocutário, um referente, uma forma de dizer, um contexto em sentido estrito, um contexto em sentido lato.
O jogo de imagens entre protagonistas do discurso é um dos elementos das condições de produção do discurso. Dela faz parte todo um sistema de restrições que determina os objetos, os temas, as modalidades enunciativas, assim como as relações entre os discursos, as possibilidades de citar do interior de um discurso.

A Enunciação Literária

Os sujeitos de um texto literário, construídos pelo próprio texto, se movem num tempo e em cenas enunciativas construídas por meio de um jogo de relações também internas ao próprio texto.
As personagens de uma obra são locutores quando sua voz se deixa ouvir por meio do discurso direto. Nesse caso, podemos dizer que a personagem é responsável por sua enunciação.

Discurso e Ideologia

O discurso é uma das instâncias de materialização das ideologias, o que equivale a afirmar que os discursos são governados por formações ideológicas.
Segundo Pêcheux, são as formações discursivas que, em uma formação ideológica dada, e levando-se em conta uma relação de classe, determinam “o que pode e deve ser dito” a partir de uma posição dada em uma conjuntura social.

Prática Discursiva Intersemiótica

Falantes, escultores, pintores, músicos, arquitetos podem ser sujeitos enunciadores de uma mesma formação discursiva, isto é, podem participar da mesma prática discursiva, por meio de diferentes materiais significantes.
Segundo Maingeneau, a coexistência de “textos” que pertencem a diferentes domínios semióticos não é livre no interior de uma dada prática discursiva.

O Aparelho Ideológico Escolar

O Conceito de sujeito, total e irremediavelmente subjugado pelos poderes invocados por Althusser, anula, pois, toda e qualquer possibilidade de verdadeiros sujeitos – professores e alunos – agirem e eventualmente interferirem no curso da história.

Uma Teoria Não-Subjetivista da Enunciação

Segundo Pêcheux, “o sentido de uma palavra, expressão, proposição não existe em si mesmo (isto é, em sua relação com a literalidade do significante), mas é determinado pelas posições ideológicas colocadas em jogo no processo sócio- histórico em que palavras, expressões, proposições são produzidas.
A Análise do Discurso propõe uma teoria não-subjetivista da enunciação, que permita fundar uma teoria dos processos discursivos.

A Escola Como Lugar de Conflito

Professores e alunos podem de fato reagir criticamente ao discurso do poder que toma as decisões sobre a educação. Podem não só criticar suas metas, objetivos e conteúdos como também exigir sua participação e inclusão nesse discurso educacional.
Os lugares sociais somente podem existir por meio de uma rede de lugares discursivos. Daí se poder dizer que os professores e os alunos se constituem pela linguagem.

Leitura, Discurso e Subjetividade

A questão da leitura demanda uma certa visão sócio-histórica de linguagem, sem a qual poderíamos falar de uma lugar demasiadamente ingênuo, que ignora que ligados à subjetividade estão a história, a ideologia e o inconsciente.
Segundo Pecheux, “todo enunciado é intrinsecamente suscetível de tornar-se outro, diferente de si mesmo, se deslocar discursivamente de seu sentido para derivar para um outro”.
Segundo Pecheux, “enquanto presença virtual na materialidade descritível da sequência, marca, do interior dessa materialidade , a insistência do outro como lei do espaço social e da memória histórica, logo como o próprio princípio do real sócio-histórico”.
É necessário que o aluno, desde o início da escolaridade, seja exposto a uma grande variedade de textos e discursos, e seja levado a produzir sentidos a partir dos textos que lê.

Intertextualidade e Intertexto

Como intertexto de uma formação discursiva, o autor considera o conjunto de fragmentos que ela efetivamente cita.
Por intertextualidade, o tipo de citação que uma formação discursiva considera legítima por sua própria prática.

Interdiscursividade e Interdiscurso

O interdiscurso é um processo de reconfiguração incessante, no qual uma formação discursiva é levada a incorporar elementos pré-construídos, produzidos fora dela.
A formação discursiva tira, pois, seu princípio de unidade de um conflito sempre regrado, num espaço de trocas, e não de um caráter de “essência”.
A noção do sujeito com um ser que se desdobra em muitos e assume vários lugares ou papéis no discurso nos remete ao conceito de polifonia, elaborado por Bakhtin, que opõe um discurso polifônico, tecido pelo discurso do outro, a um discurso que chama de monológico.
A teoria polifôncia de Ducrot e as abordagens de Authier-Revuz e de Maingeneau privilegiam a complexidade do tecido enunciativo do discurso.

A Teoria Polifônica de Ducrot

Para Ducrot, o sentido de um enunciado consiste numa representação (no sentido de teatro) de sua enunciação.
Ducrot concebe o sujeito como: a) o produtor físico do enunciado; b) aquele que realiza os atos ilocutórios; c) o ser designado no enunciado com sendo seu autor, reconhecido pelas marcas de primeira pessoa.

A Abordagem de Authier-Rutz

Authier-Rutz distingue no conjunto das formas de heterogeneidade mostrada as formas marcadas e as formas não- marcadas, em que o outro é dado a conhecer sem uma marca unívoca.
Authier-Rutz fala ainda em “autonímia simples”, em que a heterogeneidade constitui um fragmento mencionado entre os elementos lingüísticos do discurso, havendo ruptura sintática, caso de dupla enunciação.
Pelo seu poder metadiscursivo, o sujeito denega o lugar que lhe destina a formação discursiva em que se constitui: em lugar de receber sua identidade desse discurso, ele parece construí-la ao tomar distância, instaurando ele mesmo as fronteiras pertinentes.
O discurso de vulgarização científica designa continuamente, como dois exteriores, o discurso científico-fonte e o discurso familiar do grande público, entre os quais ele se coloca em cena como atividade de reformulação.

Outras Formas de Heterogeneidade Mostrada

Maingeneau, considerando os trabalhos de Ducrot sobre polifonia e também os de outros autores, considera como casos de heterogeneidade enunciativa ou mostrada: o discurso direto, indireto e indireto livre, a ironia, a pressuposíção, a negação polêmica, as palavras entre aspas, as glosas, a autoridade, o provérbio, o slogan, a imitação e o pastiche.

A Abordagem de Maingeneau

Maingeneau defende que uma formação discursiva não deve ser concebida como um bloco compacto, homogêneo, que se oporia a outros, mas como uma realidade heterogênea por si mesma.
Maingeneau propõe ao analista o interdiscurso como objeto. Deve-se aprender, de imediato, não uma formação discursiva, mas a interação entre essas formações.

A Abordagem de Authier-Rutz

A heterogeneidade constitutiva não revela o outro e é concebida no nível do interdiscurso e do inconsciente.
A heterogeneidade mostrada não é um espelho da heterogeneidade constitutiva, apesar de ser dependente desta.A heterogeneidade mostrada constitui uma forma de negociação do sujeito falante com a heterogeneidade constitutiva, cuja forma “normal” se assemelha ao mecanismo de denegação.

sábado, 22 de novembro de 2008

AS SETE MARAVILHAS DO MUNDO

Um grupo de estudantes de geografia estudou as sete maravilhas do mundo. No final da aula, foi pedido aos estudantes para fazerem uma lista do que eles pensavam que fossem consideradas as sete maravilhas atuais do mundo. Embora houvesse algum desacordo, começaram os votos:
1. Pirâmides Grandes do Egito
2. Taj Mahal
3. Grand Canyon
4. Canal de Panamá
5. Empire State Building
6. Basílida de St. Peter
7. A Grande Muralha da China
Ao recolher os votos, o professor notou uma estudante muito quieta. A menina não tinha virado sua folha ainda. O Professor então perguntou à ela se tinha problemas com sua lista. A menina quieta respondeu: - Sim, um pouco. Eu não consigo fazer a lista, porque são muitos. O Professor disse: - Bem, diga´nos o que você já tem e talvez possamos ajudá-la.
A menina hesitou, então leu:
- Eu penso que as sete maravilhas do mundo são:
1. Tocar
2. Sentir sabor
3. Ver
4. Ouvir
5. Sentir
6. Rir
7. Amar
A sala então ficou completamente em silêncio.
É fácil para nós olharmos as façanhas do homem, já que negligenciamos tudo o que Deus fez para nós. Que você possa se lembrar hoje daquelas coisas que são verdadeiramente maravilhosas.
"Faça tudo de bom que puder para todas as pessoas que puder, quando puder"

terça-feira, 18 de novembro de 2008

SETE ATITUDES PARA UMA VIDA MELHOR

No livro de Josué, capítulo 1, a partir do verso 6, encontramos as seguintes palavras do Senhor:

6 Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria.
7 Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares.
8 Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido.
9 Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares.
Neste breve trecho, encontramos pelo menos sete atitudes que o cristão deve tomar em relação às lutas e provações (Deus estava preparando Josué, pois uma grande luta haveria de ser travada).
Primeira atitude: Esforçar-seSem esforço total jamais conseguiremos atingir os nossos objetivos; muitas vezes o cansaço vem para nos prostrar e nos forçando a desistir. Quantas vezes iniciamos projetos e paramos no meio do caminho?
Segunda atitude: Ter bom ânimoSabemos que o desânimo é uma arma poderosa usada por satanás para nos desestimular. O conselho do apóstolo Paulo: "Sede firmes e constantes, .... pois o vosso trabalho não é vão no Senhor".
Terceira atitude: Não desviar-se da Lei do SenhorOu seja, a Palavra de Deus deve estar permanentemente em nossos corações (ver Salmos 119 versos 1-12). Desviar da Lei do Senhor é retroceder na fé, é negar o sacrifício de Cristo, é desistir de Deus, é desobedecer, é tornar-se um desertor.
Quarta atitude: A Palavra do Senhor deve estar na boca e no coraçãoÀs vezes são tantas as tribulações e as provas que nos esquecemos da Palavra de Deus e ficamos falando somente das lutas, das dificuldades e dos problemas. Expressões tais como "tá difícil", "eu não estou suportando mais", "não sei como isto vai terminar", etc, nos impedem de ver e ouvir o Senhor Jesus, que disse: A MINHA GRAÇA TE BASTA! O MEU PODER SE APERFEIÇOA NA FRAQUEZA!
Quinta atitude: Meditação na Palavra de DeusAlém de ouvir, ler, estudar e memorizar a Palavra de Deus, a meditação nos revela caminhos nunca antes reconhecidos para a prosperidade, porque os problemas se acumulam de tal maneira que "lançam areia em nossos olhos", cegando-nos para visualizarmos as prováveis soluções.
Sexta atitude: Não temerO medo de enfrentar os problemas, os fatos reais, as pessoas envolvidas, muitas vezes nos fazem recuar. Aquele que crê no Senhor sabe que somente nEle alcançaremos a força contra o medo ("no dia em que temer, hei de confiar em Ti" - já dizia o salmista). O medo fez que Adão se escondesse de Deus.
Sétima atitude: Não se espantarUma máxima filosófica é esta: "há mais coisas entre o céu e a terra do que imagina a vã filosofia". O sábio Salomão, em Eclesiastes, diz: "não há nada de novo embaixo do sol", isto é, as coisas que acontecem hoje com uma pessoa, tanto na área sentimental, física ou espiritual, já aconteceram, de certa forma, com outras pessoas. Os problemas e aflições que hoje passamos foram experimentados no passado e muitos saíram vencedores.
Lembre-se: O Senhor Deus é contigo, por onde quer que andares!

ELE TOMOU O NOSSO LUGAR

"Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós" (Romanos 5:8).
Quando Patrick estava evangelizando no Sul da Irlanda, Berradhie, um comandante pagão, decidiu matá-lo. Este fato chegou ao conhecimento de Oran, Fiel condutor da carruagem de Patrick que traçou um plano para salvar seu mestre. Quando eles chegaram próximo à fortaleza do chefe irado, o guia fingiu estar doente e Patrick, pronto para servir, tomou seu lugar, enquanto ele descansava na carruagem. Uma flecha certeira saiu de um buraco nas muralhas atravessando o coração do substituto. Patrick escapou, e por onde passava confessava que estava vivo graças ao seu empregado que havia tomado seu lugar. "
Só Cristo pode salvar-nos e só Ele poderia ter tomado nosso lugar na cruz. Ali o Senhor suportou o castigo que nós merecíamos pelos nossos pecados.
Jesus tomou nosso lugar na cruz, carregou nossos pecados e morreu nossa morte; e por esta razão Deus livremente perdoa aos que são levados ao arrependimento e à fé.
O que nos cabe fazer é aceitar o dom gratuito de Deus no sacrifício de Jesus Cristo. Não somos salvos automaticamente porque Ele morreu na cruz. precisamos tomar a decisão de aceitá-lo e, se o recusarmos, em certo sentido já tomamos uma decisão - a de rejeitar a Cristo e voltar as nossas costas à salvação.
E qual a nossa decisão? Aceitá-lo ou rejeitá-lo?

AS PENEIRAS DA SABEDORIA

Um homem aproxima-se de seu Mestre e lhe diz:
- Mestre, vou lhe contar o que disseram do João...
O Mestre, com sua infinita sabedoria, responde:
- Calma. Antes de me contares algo que possa ter relevância, te pergunto: Já fizeste passar a informação pelas Três Peneiras da Sabedoria?
- Peneiras da Sabedoria? Não. Elas não me foram mostradas – argumentou.
- Sim. Só não te ensinei porque não era chegado o momento. Porém, escuta-me com atenção: Tudo que te disserem de outrem, deve passar antes pelas Peneiras da Sabedoria e, na primeira, a da Verdade, eu te pergunto:
- Tens certeza de que o que te contaram é realmente verdadeiro?
Meio sem jeito, ele replicou:
- Bem. Realmente não tenho certeza. Sei apenas o que me contaram...
O Mestre continuou:
- Então, se não tens certeza, a informação vazou pelos furos da primeira peneira e repousa na segunda, que é a Peneira da Bondade. Pergunto:
- Trata-se de algo que gostarias que falassem de ti?
- De maneira alguma, Mestre. Evidente que não!
- Então se trata de algo que passou pelos furos da segunda peneira e jaz nas cruzetas de terceira e última peneira. Realizo, portanto, a derradeira pergunta:
- Achas mesmo necessário passar adiante essa história sobre teu irmão e companheiro?
- Não Mestre. Absolutamente! Respondeu.
- Então, disse o sábio, ela acaba de vazar os furos da Peneira da Necessidade, perdendo-se na imensidão da Terra. Não sobrou nada para contar.
- Entendi, querido Mestre. Doravante somente as boas palavras terão caminho em minha boca.
Finalizou o sábio:
- És agora um mestre completo. Volta ao teu povo. Afinal, terminaste o aprendizado. Lembra-te sempre, todavia: As abelhas, construtoras do Criador, nas imundícies dos charcos, buscam apenas as flores para sua laboriosa atividade, enquanto as nojentas moscas buscam, em corpos sadios, as chagas e feridas que as mantém vivas. "

domingo, 16 de novembro de 2008

A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO

O professor, a princípio, é aquele que deve ensinar, transmitir o conhecimento, apresentar e interrogar o mundo. Já o aluno, é aquele que recebe o ensinamento, que deve ser iniciado nos caminhos do conhecimento, partilhando a memória cultural do seu grupo. Porém, isto tem ultrapassado estas barreiras, e o professor, hoje em dia, além de ensinar o aluno, ele também aprende muito com os seus alunos. Ele cria vínculos e passa a ter um relacionamento bom e agradável com os seus discentes. Este relacionamento passa a se tornar cada vez mais íntimo, cheio de afetividade humana, onde o professor passa inclusive a vivenciar os problemas dos seus alunos, e muitas vezes, ajudando a solucioná-los. No meu caso particular, que ministro aula para curso técnico e curso tecnólogo, vivo situações muito agradáveis na relação professor aluno. Muitos dos meus discentes são pessoas mais velhas, e muitas vezes, com mais experiência do que eu em diversos assuntos da disciplina. Mesmo assim, eles me respeitam muito, e depositam muita confiança em mim. Participam das aulas, contam experiências profissionais, tiram dúvidas, e construímos assim um relacionamento agradável. Incentivo aos alunos a ajudarem uns aos outros, criando neles o corporativismo e o trabalho em equipe, tornando assim, o ambiente de sala de aula um lugar agradável para se conviver. Algumas vezes, oriento meus alunos em diversos assuntos, tanto profissionais quanto particulares, pois em virtude da confiança depositada, eles pedem opiniões e acreditam nelas. Isto é muito gratificante, pois me esforço ao máximo para que este relacionamento chegue, de forma natural, a este ponto. Este relacionamento leva um certo tempo, mas é algo que marca muito a minha vida, pois cada semestre que passa são novas pessoas que entram e novamente, construiremos um novo relacionamento, com as suas particularidades, pois cada individuo tem as suas características.

A ESPECIFICIDADE DO TEMPO NA VIDA DO PROFESSOR

O tempo na vida do professor é uma experiência muito singular. A remuneração do professor é algo que é mensurável pelo número de aulas ministradas, porém o seu trabalho é algo imensurável, pois ele sempre estende o seu trabalho para fora da sala de aula. Além de ministrar a sua aula, é ainda possui muitos trabalhos extraclasse. Na escola onde leciono, existem certas atividades que são obrigadas a serem cumpridas pelos professores. O professor deve dar trabalhos para casa, deve dar trabalhos em sala de aula, elaborar provas mensais e provas bimestrais, onde estas já possuem um formato pré-estabelecido pela supervisão da escola. Além de elaborar, o professor ainda gasta tempo para corrigir estas atividades, o que não são poucas, pois as salas possuem uma média de quarenta alunos. Este é o trabalho que muitas vezes não é reconhecido, pois o professor o faz fora do ambiente escolar, ou seja, ficando em oculto, somente com o professor. Além destas atividades, o professor ainda tem que participar das outras atividades escolares, como gincanas, encontros de professores, feiras culturais, reuniões de coordenações, entre outras.
Muitos professores ainda são obrigados a completar a sua carga horária dando aula em diversas instituições, estendendo ainda mais o seu trabalho extraclasse, tornando a sua vida em grande corre-corre entre escolas e salas de aula. O seu tempo de trabalho e não-trabalho muitas vezes se misturam, se perdendo no fluir do cotidiano. Sendo assim, essas situações nos levam a ver que o desgaste profissional é intenso, e o professor, merece ser tratado e visto como um sujeito sócio-cultural diferente, que tem necessidades especiais, devendo ser respeitado, tanto pelos alunos, pela sociedade, pelo Estado e pelas diversas instituições escolares espalhadas pelo nosso país.

sábado, 15 de novembro de 2008

FAÇA COMO OS PASSARINHOS!!!

Comece o dia cantando. A música é alimento para o espírito. Cante uma boa coisa, cante desafinado, mas cante!
Ponha amor em tudo que está ao seu alcance. Desde que você se proponha a fazer alguma coisa, faça-o com o coração!
Não viva emoções mornas, próprias de pessoas mornas.
Não deixe escapar as oportunidades que a vida lhe oferece, elas não voltam mais nas mesmas circunstâncias.
Nenhuma barreira é intransponível se você estiver disposto a lutar contra ela; se seus propósitos forem positivos, nada poderá detê-los.
Não deixe que seus problemas se acumulem, resolva-os logo.
Exteriorize tudo, deixe que as pessoas saibam que você as estima, as ama, precisa delas, principalmente em família.
Volte-se para as coisas puras, dedique-se à natureza.
Tenha fé em algo mais poderoso do que você mesmo: tenha fé em Deus.
Agindo assim, você terá estímulo para viver, do contrário nada fará sentido.Não tente, meu irmão, faça. Você pode todas as coisas Naquele que Te fortalece.

SETE SEGREDOS PARA CONTROLE DO ESTRESSE

Você se sente como se sua vida e sua agenda estivessem fora do controle? Você não pode eliminar o estresse mais pode controlá-lo. Não é o quanto de estresse você suporta, mas sim como você lida com ele que faz a diferença. Jesus Cristo experimentou estresse e pressões tremendos, com tudo, eles não perturbaram sua paz interior. Apesar das oposições, exigências constantes e escassa privacidade, sua vida refletia uma calma sensação de equilíbrio. Qual era o seu segredo? Um exame mais profundo do seu estilo de vida revelam sete segredos “demolidores de estresse”.

1. Princípio da identificação
Saiba quem você é! (João 8:12)
Dezoito vezes Jesus se defendeu publicamente. Não havia nenhuma dúvida em sua mente acerca de quem Ele era. Se você estiver inseguro quanto à sua identidade, vai permitir que outros o pressionem para que se enquadrem em seus moldes. Tentar passar por alguém que você não é, provoca estresse!

2. Dedicação
Saiba a quem você quer agradar! (João 5:30)
Você não pode agradar a todos. Nem mesmo Deus pode fazê-lo!
No momento em que você fizer o “Grupo A” feliz, o “Grupo B” está aborrecido com você. Jesus jamais deixou que o medo da rejeição o manipulasse. Ninguém pode pressionar você sem sua permissão.


3. Organização
Estabeleça metas claras! (João 8:14)
Jesus disse: “Eu sei de onde vim e para onde vou”. A preparação evita as pressões, ao passo que o adiamento as gera. Você trabalha movido ou pela suas prioridades ou pelas pressões.

4. Concentração
Focalize apenas uma coisa de cada vez! (Lucas 4:42-44)
Você não pode perseguir dois coelhos ao mesmo tempo! Jesus sabia como lidar com as interrupções, sem permitir que o distraíssem do Seu objetivo principal.

5. Delegação
Não tente fazer tudo pessoalmente! (Marcos 3:14)
Ficamos tensos quando sentimos que tudo depende de nós. Jesus convocou 12 discípulos. Não permita que o perfeccionismo, ou o temor de que os outros possam fazer um trabalho melhor, o impeça de envolver outras pessoas na realização de uma tarefa.

6. Meditação
Crie o hábito de orar! (Marcos 1:35)
Não importava o quão ocupado Jesus estivesse, Ele encontrava tempo para estar a sós para orar todos os dias. Um “Tempo de Quietude” diário é uma grande câmara de descompressão para o estresse. Use este tempo para conversar com Deus sobre suas pressões e problemas. Avalie suas prioridades e descubra as regras para uma vida bem sucedida através da leitura da Bíblia.

7. Relaxe
Separe tempo para curtir a vida! (Marcos 6:30-31)O equilíbrio é chave para o controle do estresse. O trabalho deve ser dosado com diversão e adoração.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

O ANÚNCIO

Hstória

O dono de um pequeno comércio, amigo do grande poeta Olavo Bilac, abordou-o na rua e dispara: Senhor Bilac, estou precisando vender o meu sítio, que o senhor tão bem conhece.
Será que poderia redigir um anúncio para o jornal?
Olavo Bilac apanhou o papel e escreve: Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes água de um ribeirão. A casa banhada pelo sol nascente oferece a sombra tranqüila das tardes, na varanda. Tempos depois, o poeta encontra o mesmo homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio.
- Nem penso mais nisso, quando li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha.
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Aplicação

Às vezes, não descobrimos as coisas boas que temos conosco e vamos longe atrás de miragens e falsos tesouros. Por isso, que tal valorizar o que você tem, a pessoa que está ao seu lado, os amigos que estão perto de você, o emprego que possui, o conhecimento que você adquiriu, sua saúde, seu sorriso, enfim, tudo aquilo que nos é proporcionado diariamente para o nosso crescimento espiritual.
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

JESUS CRISTO - O Maior Homem na História

Não teve nenhum empregado, no entanto chamaram-no soberano.
Não teve nenhum diploma, no entanto chamaram-no professor.
Não tinha nenhum medicamento, no entanto chamaram-no doutor.
Não teve nenhum exército, no entanto os reis temeram-no.
Não ganhou nenhuma batalha militar, no entanto conquistou o mundo.
Não cometeu nenhum crime, no entanto o crucificaram.
Foi enterrado num túmulo, no entanto vive hoje.
Sinto-me honrado por servir tal chefe que me Ama!

'Às vezes, quando tudo dá errado acontecem coisas maravilhosas que jamais teriam acontecido se tudo tivesse dado certo.'

terça-feira, 11 de novembro de 2008

A BIBLIA E O CELULAR

Já imaginou o que aconteceria se tratássemos a nossa Bíblia do jeito que tratamos o nosso celular?
E se sempre carregássemos a nossa Bíblia no bolso ou na bolsa?
E se déssemos uma olhada nela várias vezes ao dia?
E se voltássemos para apanhá-la quando a esquecemos em casa, no escritório...?
E se a usássemos para enviar mensagens aos nossos amigos?
E se a tratássemos como se não pudéssemos viver sem ela?
E se a déssemos de presente às crianças?
E se a usássemos quando viajamos?
E se lançássemos mão dela em caso de emergência?
Mais uma coisa: Ao contrário do celular, a Bíblia não fica sem sinal. Ela 'pega' em qualquer lugar. Não é preciso se preocupar com a falta de crédito porque Jesus já pagou a conta e os créditos não têm fim.
E o melhor de tudo: não cai a ligação e a carga da bateria é para toda a vida.

'Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto'! (Is 55:6)

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL NA VIGÊNCIA DA CF/88 E DA LDB/96

Durante o governo FHC, surgiu a diversificação institucional, introduzida durante a vigência da LBD/96, por intermédio de decretos federais. Surgiram neste período os centros universitários, ao lado das universidades e dos estabelecimentos isolados, como faculdades integradas, faculdades, institutos superiores e escolas superiores. Os centros universitários gozam de vantagens em relação a universidades, como a autonomia para criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e programas de educação superior, assim como remanejar ou ampliar vagas nos cursos existentes. Já as universidades possuem diretrizes que devem ser cumpridas, como manter a indissociabilidade das atividades de ensino, de pesquisa e de extensão, além de manter um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação acadêmica de mestrado ou doutorado e um terço do corpo docente em regime integral.
O Plano Nacional de Educação reafirma a diversificação institucional, e com isso, os centros universitários garantem prerrogativas dispensadas às universidades, portanto, as instituições possuirão flexibilidade em sua interação com o mercado, dirigindo a sua oferta de cursos e moldando o número de vagas oferecidas de acordo com a demanda.
A Reforma Universitária (PL 7.200/ 2006) reafirma a necessidade de se criar condições para a expansão da educação superior com qualidade e equidade, pois o nível de acesso no Brasil é um dos mais baixos do continente. O Brasil precisa democratizar e qualificar suas instituições de ensino em todos os níveis. Deve-se construir políticas públicas que incorporem aquilo que de melhor a sociedade foi capaz de produzir, dentro e fora das universidades.
O governo Lula está com diversas políticas destinadas a promover a expansão, a interiorização e a democratização do acesso à educação superior. Dentre as políticas, destacam-se:
Programa de Expansão da rede federal, prevendo a criação de dez universidades federais e a implantação de 42 novos campus das IFES já existentes. Programa Universidade para Todos (PROUNI), que, conforme definição do MEC61, tem como finalidade a concessão de bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de cursos de graduação e seqüenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior, oferecendo, em contrapartida, isenção de alguns tributos àquelas que aderirem ao Programa.
Incentivos para as universidades federais já existentes aderirem a uma nova política de expansão da educação superior, no âmbito das ações do PDE – Plano de Desenvolvimento da Educação, instituindo o “REUNI - Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais” por meio do Decreto nº 6.096, de 24 de abril de 2007.
No governo FHC, a educação superior expandiu-se principalmente pela via privada, com a criação de novos cursos de graduação, de novas IES, porém o setor federal cresceu em termos de matrículas e concluintes e ofertou novos cursos, mas a quantidade de IFES permaneceu praticamente inalterada e o financiamento foi reduzido. Já no governo Lula houve a criação de novas universidades federais e a instalação de novos campi das IFES já existentes; houve também a realização de concursos públicos para professores e servidores técnico-administrativos das IFES e a adoção de outras medidas visando ao fortalecimento do setor federal de educação superior. Em abril de 2007, houve propostas para alteração do PROUNI e do FIES, com medidas de reforço para as políticas de acesso à universidade.
Outro destaque no governo Lula foi a criação em 2005 do Projeto Universidade Aberta do Brasil – UAB, visa organizar um sistema nacional de educação superior gratuita a distância no país, tratando-se de uma parceria entre consórcios públicos nos três níveis governamentais (federal, estadual e municipal), com participação de universidades públicas e de outras instituições interessadas.
O sistema de avaliação das IES, antes sendo o Exame Nacional de Cursos (“Provão”), também foi substituído no governo Lula. Foi criado o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), que avalia todos os aspectos que giram em torno dos seguintes quesitos: o ensino, a pesquisa, a extensão, a responsabilidade social, o desempenho dos alunos, a gestão da instituição, o corpo docente, as instalações e vários outros aspectos.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

A CRIAÇÃO DE IES NO BRASIL

O Brasil enfrentou várias dificuldades para a criação de Instituições de Ensino Superior, pois, ainda como colônia portuguesa, o Brasil não desfrutou de vários incentivos que recebiam os outros países da América Latina, pois grande parte eram colônias espanholas. Surgiram-se primeiramente no Brasil, escolas superiores isoladas, principalmente por iniciativas do Poder Central. Foram realizadas várias tentativas de criação de IES no Brasil, principalmente no período de 1847 a 1870. A Constituição Imperial era muito falha em se tratando de Instituições de Ensino Superior.

A partir de 1981, começa uma nova ordem constitucional, permitindo aos Estados a criação de IES, porém para terem validade estes deveriam seguir aos moldes dos estabelecimentos federais e que se sujeitassem à inspeção do Governo Federal. Surgiram as primeiras universidades no país: a Universidade de Manaus, em 1909 e a Universidade do Paraná, em 1912. Devido a uma série de exigências do Governo Federal, essas universidades não duraram muito tempo e foram divididas em escolas superiores isoladas. Em 1920 cria-se a Universidade do Rio de Janeiro, pela superposição de uma reitoria a três IES que funcionavam isoladas. Em 1931 cria-se o Estatuto das Universidades Brasileiras, regulamento o funcionamento de IES isoladas e de universidades, mantendo a equiparação com das universidades estaduais e livres com as federais, além de continuar a inspeção por parte do Governo Federal.

Durante a vigência da Constituição de 1937, a União reconheceu as duas primeiras universidades (livres) católicas do país: a Universidade Católica do Rio de Janeiro e a Universidade Católica de São Paulo. Pouco depois, com a promulgação da Constituição de 1946, iniciou-se um processo de federalização de IES existentes, o que daria origem às universidades federais. Após a Lei da Reforma Universitária de 1968, registrou-se uma acentuada expansão do ensino superior no Brasil, viabilizada através de estabelecimentos isolados.

Na segunda metade da década de sessenta o governo militar se via numa situação difícil: expandir o sistema educacional superior em virtude do grande número de excedentes após o vestibular. Como solução para isso, o governo autoriza a criação de universidades por intermédio de fundações, que constituíam em entidades auto-sustentáveis, autônomas financeiramente, porém dirigidas e controladas administrativamente e ideologicamente pelo governo.

Durante o período de 1968 à 1982 o Brasil viveu dois momentos do desenvolvimento de IES no país: de 1968 à1974 o país teve um exuberante crescimento de IES, já no período de 1975 à 1982 o país teve uma desaceleração, surgindo bem menos IES que no período anterior. Em Minas Gerais o perfil das IES que lideraram a expansão da educação superior em direção ao interior do Estado era fundacional, isolada e privada.

A Constituição Federal de 1988 inaugurou uma nova fase para a história da educação superior brasileira, ao garantir para as universidades a autonomia, e a indissociabilidade entre o ensino, pesquisa e extensão. Pela primeira vez, assegurou-se na Constituição a gratuidade plena na educação superior pública. Houve também uma constitucionalização da criação das universidades estaduais, por intermédio das Constituintes Estaduais de 1988-89, optando pelo campo da educação superior. O ensino superior ganhou uma posição de destaque nos textos constitucionais estaduais. Além disso, houve um corporativismo, sendo esse uma defesa de interesses, o que impulsionou ainda mais o crescimento das universidades e faculdades estaduais.

No início da década de 1990, o MEC lançou o Plano Decenal de Educação para Todos 1993-2003, cujo objetivo é assegurar, até o ano de 2003, a crianças, jovens e adultos, conteúdos mínimos de aprendizagem que atendam a necessidades elementares da vida contemporânea. O Plano previa ainda a articulação da ação das universidades e a intensificação de ações e programas governamentais em andamento, como o Programa de Integração da Universidade com a Educação.

Os problemas do ensino superior brasileiro, na década de 1990, poderiam ser listados em duas dicotomias básicas: “ensino público x ensino privado” e “ensino universitário x escola isolada”. Além das dicotomias, o sistema de ensino superior brasileiro atravessa um momento de crise estrutural e de dificuldades conjunturais, reflexo de uma crise que ocorre em todos os países e que possui duas grandes dimensões: multiplicação de funções e aumento de custos.

A Constituição de 1988 prevê duas grandes subdivisões para o ensino regular: o ensino público (federal, estadual ou municipal) e o ensino privado (lucrativo e o não lucrativo – comunitária, confessional e filantrópica). A LBD de 1996 rege que o ensino regular é composto de dois níveis: a educação básica e a educação superior, sendo que esses devem funcionar sob o regime de colaboração na organização dos sistemas de ensino da União, do Distrito Federal, dos Estados e do Município.

A LDB de 1996 contemplou a possibilidade de delegar aos Estados e ao DF, “desde que mantenham instituições de educação superior”, algumas atribuições conferidas à União, para que possam, assim, “autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino”, contudo a competência para “baixar normas gerais sobre cursos de graduação e pós-graduação” permaneceu privativa da União.

A LDB/96 também trouxe consigo a constante avaliação das IES no Brasil, o que pode ser visto como um dos eixos principais da LDB. Além disso, decretos regulamentam procedimentos e condições para a avaliação e reavaliação para o credenciamento, descredenciamento e recredenciamento das instituições.
As IES mantidas pela União e as IES criadas e mantidas pela iniciativa privada, de acordo com o Sistema Federal de Ensino, foram classificadas em cinco tipos: 1) universidades; 2) centros universitários; 3) faculdades integradas; 4) faculdades; 5) institutos superiores ou escolas superiores. Então, universidade, de acordo com a lei, são instituições de ensino superior que se caracterizam pela integração de suas atividades do ensino à pesquisa e à extensão.

Assim sendo, vejo que a criação de IES no Brasil passou por muitas fases marcantes, porém, só foram efetivamente consolidadas e bem definidas após a Constituição Federal de 1988, e posteriormente, após a LDB de 1996. Decretos e Portaria posteriores a essas leis regulamentaram assuntos de extrema importância, como o processo de avaliação constante das IES, o que nos leva a verificar que cada instituição deverá manter um processo contínuo de controle, sempre observando os quesitos de avaliação do MEC. Isso nos leva a uma constante manutenção da qualidade do ensino nas diversas IES do nosso país. Então, destaco que tanto a CF/88 como a LDB/96 estabeleceram uma categorização quanto à natureza da educação escolar, rompendo, de modo tríplice, com os padrões vigentes em nossa história da educação superior, através da coexistência, da lucratividade e da avaliação.